sexta-feira, 25 de março de 2016

Filósofa


Filósofa

E quem és tu que, quando faltas,
Me deixas ficar acordada
Tantas noites como os dias
Chorando pela tua chegada?


E quem és tu que, quando faltas,
Tantos dias tão adrede
Me deixas à escuta do vento
E a olhar para a parede?


Sei de um homem que é
Como outros vinte, o mais valente
E quem és tu para seres assim
O único homem que tenho em mente?


No entanto, se como qualquer sábio diz
As mulheres agem tolamente,
Quem sou eu para amar
Tão avisada e intensamente?


Edna St. Vincent Millay


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